06 maio, 2024

Ranking mundial dos shows com maiores públicos

A lista:

1 – Rod Stewart, na praia de Copacabana, para 4,2 milhões de pessoas, no réveillon de 1994

2 – Jean-Michel Jarre, na Rússia, para 3,5 milhões de pessoas, em 1993

3 – Jorge Ben Jor, em Copacabana, para 3 milhões de pessoas, em 1993

4 – Jean-Michel Jarre, em Paris, para 2,5 milhões de pessoas. Apresentando-se "em casa", o artista reuniu o público com o show "Paris La Défense – Une Ville En Concert", em 1990

5 – Madonna, na praia de Copacabana (2024), para 1,6 milhão de pessoas (estimativa da RioTur), com o show "Celebration Tour" (foto Agência Brasil - EBC), em 2024

6 – "Monsters of Rock", na Rússia, para 1,5 milhão de pessoas, em 1991

7 – Rolling Stones, na praia de Copacabana, para 1,5 milhão de pessoas, em 2006

Guinness Book, via Diário do Centro do Mundo

05 maio, 2024

"E o português é uma língua que beija bem."

Cinco de maio. Dia da Língua Portuguesa
"Volta e meia alguém olha atravessado quando escrevo “leiaute”, “becape” ou “apigreide” – possivelmente uma pessoa que não se avexa de escrever “futebol”, “nocaute” e “sanduíche”.
Deve se achar um craque no idioma, me esnobando sem saber que “craque” se escrevia “crack” no tempo em que “gol” era “goal”, “beque” era “back” e “pênalti” era “penalty”. E possivelmente ignorando que esnobar venha de “snob”.
Quem é contra a invasão das palavras estrangeiras (ou do seu aportuguesamento) parece desconsiderar que todas as línguas do mundo se tocam, como se falar fosse um enorme beijo planetário.
As palavras saltam de uma língua para outra, gotículas de saliva circulando em beijos mais ou menos ardentes, dependendo da afinidade entre os falantes. E o português é uma língua que beija bem.
Quando falamos “azul”, estamos falando árabe. E quando folheamos um almanaque, procuramos um alfaiate, subimos uma alvenaria, colocamos um fio de azeite, espetamos um alfinete na almofada, anotamos um algarismo.
Falamos francês quando vamos ao balé, usamos casaco marrom, fazemos uma maquete com vidro fumê, quando comemos um croquete ou pedimos uma omelete ao garçom; quando acendemos o abajur pra tomar um champanhe reclinados no divã ou quando um sutiã provoca um frisson.
Falamos tupi ao pedir um açaí, um suco de abacaxi ou de pitanga; quando vemos um urubu ou um sabiá, ficamos de tocaia, votamos no Tiririca (epa!), botamos o braço na tipoia, armamos um sururu, comemos mandioca (ou aipim), regamos uma samambaia, deixamos a peteca cair. Quando comemos moqueca capixaba, tocamos cuíca, cantamos a Garota de Ipanema.
Dá pra imaginar a Bahia sem a capoeira, o acarajé, o dendê, o vatapá, o axé, o afoxé, os orixás, o agogô, os atabaques, os abadás, os babalorixás, as mandingas, os balangandãs? Tudo isso veio no coração dos infames “navios negreiros”.
As palavras estrangeiras sempre entraram sem pedir licença, feito uma tsunami. E muitas vezes nos pegando de surpresa, como numa blitz.
Posso estar falando grego, e estou mesmo. Sou ateu, apoio a eutanásia, gosto de metáforas, adoro bibliotecas, detesto conversar ao telefone, já passei por várias cirurgias. E não consigo imaginar que palavras usaríamos para a pizza, a lasanha, o risoto, se a máfia da língua italiana não tivesse contrabandeado esse vocabulário junto com a sua culinária.
Há, claro, os exageros. Ninguém precisa de um “delivery” se pode fazer uma “entrega”, ou anunciar uma “sale” se se trata de uma “liquidação”. Pra quê sair pra night de bike, se dava tranquilamente pra sair pra noite de bicicleta?
Mas a língua portuguesa também se insinua dentro das bocas falantes de outros idiomas. Os japoneses chamam capitão de “kapitan”, copo de “koppu”, pão de “pan”, sabão de “shabon”. Tudo culpa nossa. Como o café, que deixou de ser apenas o grão e a bebida, para ser também o lugar onde é bebido. E a banana, tão fácil de pronunciar quanto de descascar, e que por isso foi incorporada tal e qual a um sem-fim de idiomas. E o caju, que virou “cashew” em inglês (eles nunca iam acertar a pronúncia mesmo).
“Fetish” vem do nosso fetiche, e não o contrário. “Mandarim”, seja o idioma, seja o funcionário que manda, vem do portuguesíssimo verbo “mandar”. O americano chama melaço de “molasses”, mosquito de “mosquito” e piranha, de “piranha” – não chega a ser a conquista da América, mas é um começo.
Tudo isso é a propósito do 5 de maio, Dia da Língua Portuguesa, cada vez mais inculta e nem por isso menos bela. Uma língua viva, vibrante, maleável, promíscua – vai de boca em boca, bebendo de todas as fontes, lambendo o que vê pela frente.
Mais de oitocentos anos, e com um tesão de vinte e poucos."
Eduardo Affonso
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/ric/announcement/view/797
(O grifo é meu!)

03 maio, 2024

Blog EM: 4 milhões de visualizações

Em 2006 vivia-se a "Era de Ouro" dos blogs. Com muita gente inscrita nas plataformas da internet dedicadas aos diários eletrônicos. No meu caso, foi o Blogger.
O Blogger é um serviço do Google, que se integra com outros serviços úteis da empresa, como o Google Analytcs, que permite acompanhar as estatísticas dos visitantes. E a plataforma usada pelo blogueiro, como é sabido, dispensa ter os conhecimentos de programação (HTML, essas coisas). Mas que ele atenda aos requisitos de escrever com clareza, concisão e, se possível, com algumas pitadas de irreverência.
Minha data de estreia foi em 18/11/2006, ao criar o Blog do PG, valendo-me das letras iniciais do meu nome e do meu primeiro sobrenome. Assim que a minha postagem inaugural noticiou: "Vai ser grátis, custe o que custar". Um ano após, estava comemorando o 1.º aniversário do Blog do PG com 556 postagens, 89 comentários e 9.050 acessos.
Algum tempo depois, mudei o nome do blog para EntreMentes, título que permanece até hoje. Não é um mero advérbio, o título remete a uma desejável interface - a da mente do autor (postagens) com as mentes dos leitores (comentários). Uma mudança que fiz sem prejuízo da audiência, pois o endereço eletrônico permaneceu o mesmo.
Na página de entrada do PG/EntreMentes, desde sempre há um "blogroll" para relacionar os blogs amigos e uma catraca para a contagem dos visitantes. E foi causa perdida minha proposta de fixar o Dia do Blog em 29 de fevereiro (para prestigiar os poetas bissextos).
O médico e escritor Dr. Lúcio Alcântara, com o que tinha produzido na blogosfera, publicou em 2009 um livro: "Blog de Papel". Li e gostei do livro do ex-governador do Ceará. Outro colega, Dr. José Alves, publicou no ano seguinte, um romance policial cuja trama acontecia em Fortaleza, a "Morte Mecânica".
E fui em frente semeando novos blogs. Nesta sequência: Linha do Tempo, Nov'Acta, Preblog e Slideshows do PG. Cada um com uma temática exclusiva e com diferentes frequências de atualizações. E todos eles continuam na ativa, acreditem.
As pessoas ainda estão lendo blogs?

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Sim, apesar da crescente concorrência que os blogs encontram nas redes sociais  (Facebook, Twitter, WhatsApp, Instagram etc.) e no tal Fediverso.
Concordo com Alyssa Prado, a Blogueira Inteligente, quando ela diz que o desinteresse do leitorado pelos blogs é, na verdade, um fenômeno de percepção. Se antes os leitores favoritavam os blogs para visitá-los repetidamente, hoje acessam os blogs de modo diferente. A partir das pesquisas que fazem nos sites de buscas. 
O mercado atual é dominado pelo Wordpress e pelo Blogger velho de guerra. Mas estão surgindo novas plataformas como o Wix, que o meu sobrinho André Gurgel escolheu para abrir recentemente o seu Polimatiablog.
Tendo os sites de buscas como aliados, e buscando renovar (exceto nos "templates"), um blog pode se tornar um "case" da blogosfera.
Assim é que o blog EntreMentes, com seus atuais setenta e dois mil acessos por mês, acaba de alcançar a marca de 4 milhões de visualizações de página.
E, para concluir, declaro não ter nada contra as redes sociais. Elas são ótimas para a gente fazer os back-ups.

O teorema da bola cabeluda

Lido no Quora:
Se uma bola cabeluda (ou peluda) for penteada com os cabelos sempre para o mesmo lado, tem de haver pelo menos um redemoinho caso ela seja de dimensão ímpar. No entanto, se a bola for de dimensão par, pode ser penteada sem redemoinhos. Exemplo: a sua cabeça é uma bola com três dimensões e tem um remoínho. Já uma circunferência cabeluda, que é uma bola com duas dimensões, pode ser penteada sempre na mesma direção sem redemoinhos. Agora, imagine um objeto com quatro dimensões, cinco etc. (em que haverá sempre redemoinhos quando a dimensão for ímpar).​ 
Em outras palavras, sempre que se tenta pentear uma bola cabeluda, haverá pelo menos um redemoinho de cabelo em algum lugar. Este teorema foi proposto por Henri Poincaré no final do século XIX e primeiramente demonstrado em 1912 por Brouwer.
Uma aplicação curiosa deste teorema da topologia algébrica no âmbito da meteorologia consiste em considerar a distribuição de ventos como um campo de vetores sobre a superfície de um planeta com atmosfera. Mediante esta idealização, então, a cada momento, ou não existe vento em parte alguma do planeta (o que é desconsiderado por questões físicas) ou existe pelo menos um ponto onde a velocidade é zero e há um ciclone em seu entorno. WIKI


Como se diz: redemoinho ou remoinho?
As duas palavras estão corretas e existem na língua portuguesa. Podemos utilizar os substantivos masculinos redemoinho ou remoinho sempre que quisermos nos referir a um movimento rotativo ou em espiral, em especial se for feito pela água ou pelo vento.

02 maio, 2024

Lembrando o Leonardo

Outro dia, um tipo cruzou-se comigo no metrô e disse: "Lembre-se do Leonardo DiCaprio."
Depois, o mesmo tipo seguiu-me depois do bar até minha casa e disse: "Lembre-se do Leonardo DiCaprio."
As coisas foram ficando fora do controle quando ele bateu em minha janela, às 23:30, para dizer: "Lembre-se do Leonardo DiCaprio."
Eu pensei:
"Já chega, vou à polícia."
Disse ao agente que estava sendo perseguido e ele me perguntou se eu podia descrever como era o homem.
Eu disse: "Sim, ele me faz lembrar o Leonardo DiCaprio."
(David Penfold)

Poderá também gostar de ler:
Neo, que gerou Leo, que foi morar na península itálica, onde deu origem à conhecida família DiCaprio.

01 maio, 2024

Reflexões ociosas

Trabalhadores: NÃO TRABALHEM DEMAIS PARA EVITAR O DESEMPREGO.
  • Está a prejudicar a sua vida e a sua saúde.
  • A sua entidade patronal não se apercebe disso (não, a sério, não se apercebe).
  • O seu comportamento permite uma má gestão dos recursos.
  • E, quando as demissões chegarem, vai ser demitido da mesma maneira.
Lembre-se de que a missão de uma empresa é extrair o máximo do seu trabalho por um mínimo de salário e a sua missão é extrair o máximo do seu salário por um mínimo de trabalho. Algures no meio, ambas as partes encontram um equilíbrio com o qual concordam. Portanto, não modifique em seu detrimento a sua parte do acordo.
(conselhos de Dave Rahardja, no Mastodon)

30 abril, 2024

Quem quer um vizinho desses?

Territórios ocupados pela Rússia:
1) na Moldávia: Transnístria, desde 1992;
2) na Geórgia: Abkhazia e Ossétia do Sul, desde 2008;
3) na Ucrânia: Crimeia e partes do Oblast de Luhansk e do Oblast de Donetsk, desde 2014, e partes do Oblast de Zaporizhzhia e do Oblast de Kherson, desde 2022 (quase 20% do território ucraniano).

Quem quer um vizinho (guloso) assim?


Paródia (do início de "Menino Bonito", de Billy Blanco):
Vizinho guloso / De Koliutchin / No corpo é vultoso / Ar de  curumim / Que além de comer / Nada mais aprendeu.

BYOB

BYOB é um acrônimo em inglês que geralmente significa "bring your own bottle" (traga sua própria garrafa), embora em alguns casos o segundo "B" possa se referir a "beer" (cerveja), "booze" (bebida) ou até mesmo "box" (caixa).

O último caso, numa festa como a que a que está acontecendo abaixo, em que cada gato trouxe sua própria caixa.



29 abril, 2024

A escravidão nas plantações de São Tomé

A escravidão nas plantações pode ter tido origem numa pequena ilha da África Ocidental, de acordo com arqueólogos que investigaram um engenho e uma propriedade de açúcar do século XVI.
São Tomé, uma ilha a 240 quilômetros a oeste do Gabão, no Golfo da Guiné, foi colonizada pela primeira vez pelos portugueses no final do século XV. Ao encontrar essa ilha desabitada com madeira abundante, água doce e potencial para o cultivo de cana-de-açúcar, a monarquia portuguesa tentou motivar as pessoas a se mudarem para lá. Porém, devido às altas taxas de malária, São Tomé foi considerada uma armadilha mortal. Em 1495, para fornecer mão-de-obra para o comércio de açúcar, os governantes portugueses forçaram os condenados, as crianças judias e os africanos escravizados a mudarem-se para a ilha.
Enquanto outras usinas de açúcar portuguesas dependiam de pessoas escravizadas apenas para o trabalho manual, no sistema de plantações de açúcar de São Tomé as pessoas escravizadas - em grande parte do que hoje é o Benin, a República do Congo, Angola e a República Democrática do Congo - realizavam quase todos os trabalhos. as tarefas, desde a colheita e beneficiamento da cana-de-açúcar até a carpintaria e alvenaria necessárias à construção e ao funcionamento dos engenhos.
Isto fez de São Tomé "a primeira economia de plantação nos trópicos baseada na monocultura açucareira e no trabalho escravo, um modelo exportado para o Novo Mundo onde se desenvolveu e se expandiu",
As plantações da ilha tiveram tanto sucesso que, na década de 1530, São Tomé ultrapassou a Madeira - um arquipélago atlântico que os portugueses utilizavam para as suas lucrativas operações açucareiras - no abastecimento de açúcar aos mercados europeus, e foram construídas em São Tomé dezenas de engenhos de açúcar.
Mas São Tomé teve dificuldade em acompanhar a demanda europeia de açúcar, dada a elevada umidade, as florestas em rápido crescimento e as rebeliões de escravos. Assim, os portugueses transferiram muitas de suas operações para o Brasil no início do século XVII, levando consigo o modelo de operação das plantações. Os engenhos de São Tomé caíram em desuso a partir do século XIX.
Figura: croqui de um engenho na Praia do Melão, em São Tomé.

28 abril, 2024

A rede (de dormir)

A majestade, o sabiá, de Roberta Miranda
Ah! Tou indo agora prum lugar todinho meu / Quero uma rede preguiçosa pra deitar / Em minha volta, sinfonia de pardais / Cantando para a majestade, o sabiá.
Jair Rodrigues
http://youtu.be/j9o7us_RvEU?si=Ekzu16PEVPlNUDpT

Meu cigarro de palha, toada de Klecius Caldas e Armando Cavalcanti
Meu cigarro de palha / Meu cavalo ligeiro / Minha rede de malha / Meu cachorro trigueiro.
Luiz Gonzaga
http://youtu.be/KWz1YxQQe78?si=ilyZ-AMAnrmORppW

A rede "véia", de Luiz Queiroga e Ludugero
A rede véia comeu foi fogo / Só com nós dois, pra lá e pra cá.
Cel. Ludugero
http://youtu.be/eFO-YwtdebY?si=ojs8e-kH8edhoyx9

A minha rede, de Roque Ferreira
A minha rede inda tem seu cheiro / Minha moringa inda tem seu gosto / Amanhã já é janeiro / Pra quem partiu em agosto.
Bethânia (disco "Encanteria")
http://youtu.be/tCp6fMAGaGA?si=VaSq3ffcs16vKj1t

Na minha rede
Vem cá se balançar na minha rede, vem / Se lambuzar nesse chamego, vem.
Luísa e os Alquimistas
http://www.letras.mus.br/luisa-e-os-alquimistas/na-minha-rede/

A Casa, de Toquinho e Vinicius
Ninguém podia dormir na rede / Porque na casa não tinha parede.
Toquinho
http://youtu.be/ECQgOLWAJNE?si=_iXwRUv9Pp_xLlix

La Casa, versão de "A Casa"para o italiano, por Sergio Endrigo
Non si poteva andare a letto / In quella casa non c'era il tetto.
(em que a palavra rede foi substituída por letto, cama, que rima com tetto, telhado)
Endrigo, Toquinho e Vinicius [VÍDEO]

27 abril, 2024

Despacho de bagagem

No aeroporto de Frankfurt, Alemanha, funciona um sistema automático de despacho de bagagem para quem voa pela Lufthansa. Máquinas que pesam as malas, emitem os respectivos cartões e em seguida enviam a bagagem para o avião.
http://www.instagram.com/reel/C5vcNGNOvB1/?igsh=dzc1d3d6dzA4bWh1
http://www.tiktok.com/@nicolesimoes/video/7348589914658819334
Uma recifense: "Tchau, malinha!"

[17/04, 22:49] Nelson Cunha: O futuro das viagens será assim. Você mesmo compra a passagem, escolhe o assento, imprime o cartão, corre para o portão de embarque e entra no avião sem piloto. No destino final você pega um táxi sem motorista e vai para hotel sem concierge. Passa o cartão na porta do quarto e vai rezar para você mesmo não perder seu emprego. Vai dar certo isto?
[18/04, 06:52] Paulo Gurgel: No quarto do hotel não tem um robozinho que reze por você?
[18/04, 07:03] Nelson Cunha: Tem sim. E faz massagens íntimas, prepara o café, responde suas dúvidas existenciais e anuncia que está disponível um curso on line de reabilitação profissional, uma vez que seu emprego sumiu.

26 abril, 2024

"Cisne Branco"

A palavra mais mal escolhida, pior que o "heróico brado/herói cobrado" do Hino Nacional, é a "derrota cumprida" do Hino da Marinha — o Cisne Branco. No caso, foi usado o sentido náutico de derrota, mas que em outro contexto significaria revés, mau êxito etc.
"Quanta alegria nos traz a volta
À nossa Pátria do coração
Dada por finda a nossa derrota
Temos cumprido nossa missão."

(última estrofe)
Música: 1SG EB Antonino Manuel do Espírito Santo
Letra: SG MB Benedito Xavier de Macedo
der.ro.ta — Caminho, carreira ou rumo seguido por um navio, do ponto de partida ao ponto de chegada, não se contando para este efeito os portos ou ancoradouros acidentais. O mesmo que rota, roteiro; relatório de viagem etc.
Antonino Manoel do Espírito Santo (Salvador, 10 de maio de 1884 – 16 de abril de 1913), conhecido e por vezes mencionado como Antônio do Espírito Santo, foi um compositor de música instrumental militar brasileira e considerado o maior autor de dobrados militares do país. Era 1.º Sargento do Exército Brasileiro, servindo no 50.º Batalhão de Caçadores de Salvador, quando em 1913 compôs em homenagem a um amigo de farda o dobrado "Sargento Calhau", que viria a se tornar a melodia da célebre "Canção do Marinheiro", popularmente chamada de "Cisne Branco". A "Canção do Marinheiro" é atualmente o Hino da Marinha Brasileira, mas a sua adoção como símbolo aconteceu após a morte do compositor. (Wiki) 
Em 1926 achava-se embarcado no Navio-Escola Benjamim Constant, o Sargento cearense Benedito Xavier de Macedo, que fizera um poema, intitulado "Cisne Branco", em homenagem ao Navio, um veleiro, classificado como "galera". Benedito Xavier de Macedo não encontrou dificuldades para fazer uma associação entre o seu poema, com a melodia daquele dobrado que passou a ter o título de "Sargento Calhau - Cisne Branco". Mas os copistas, por omissão, ou mesmo por simplificação passaram a chamá-lo, apenas de "Cisne Branco". Na década de 50, passou a ser muito cantado nas Escolas de Aprendizes-Marinheiros, agora com o novo título de "Cisne Branco - Canção do Marinheiro", omitindo assim o nome "Sargento Calhau". E a tradição acabou por fazer desaparecer, definitivamente, o nome original.
(Há controvérsia.)
http://luizberto.com/cisne-branco-hinos-e-autores/
http://sacoemaca.blogspot.com/2010/12/sargento-calhau-march-cisne-branco.html

25 abril, 2024

Os russos tiveram muita sorte

Nota de Elena Ouro (para ler enquanto pensa no que Oscar Wilde disse sobre o sarcasmo):
=> Num país onde muitos roubam – governadores, parlamentares, executivos, oficiais das forças armadas etc. –  por algum milagre, um homem totalmente honesto tornou-se presidente.
=> Num país de grande incompetência em todos os níveis, um brilhante estrategista está no comando.
=> Num país onde 70% dos casamentos terminam em divórcio, existe o presidente que defende os valores familiares tradicionais.
=> Num país onde as esposas convencem os maridos a irem à guerra para matar pessoas, a fim de que possam comprar uma máquina de lavar roupa e um carro de segunda mão, um líder gentil, compassivo e generoso dá o tom emocional.
STALER e PUTLER (meme)
 
* O sarcasmo é a forma mais baixa do humor e a mais alta da inteligência. (Oscar Wilde)

24 abril, 2024

Madame Slay

Os leopardos podem ter sido apenas treinados e não que eles estejam sob algum poder especial da Madame.

O que você vê AQUI?

23 abril, 2024

Livros

O dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro, foi a data escolhida pela UNESCO para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear os autores e refletir sobre seus direitos legais. Esta data comemorativa é simbólica e tem origem na história da literatura mundial. Foi no dia 23 de abril que morreram três grandes escritores: o inglês William Shakespeare, o espanhol Miguel de Cervantes e o peruano Inca Garcilaso de La Vega.
Os livros tornam-se influentes de diferentes maneiras. Antes da impressão em massa e das listas de best-sellers, sua repercussão dependia de quem lia um determinado livro. Se um livro influenciasse uma pessoa poderosa, poderia mudar o mundo. Se fosse lido por estudiosos, poderia mudar toda uma disciplina, como a astronomia. No mundo moderno, os livros mais vendidos podem influenciar a opinião pública, revelando o que antes era desconhecido para a maioria dos leitores, ou especulando sobre o que poderia ter sido, ou o que poderia algum dia ser. A opinião pública percorre um longo caminho para mudar a sociedade e, de fato, foram os livros que alimentaram o fim da escravidão, o feminismo, os direitos civis, as regulamentações ambientais, a revolução comunista e outros movimentos que mudaram o mundo.

22 abril, 2024

Dia da Terra 2024

22/04/2024 - Para comemorar o Dia da Terra, o Google apresenta em sua página de buscas seis fotos aéreas da beleza natural e da biodiversidade de nosso planeta. Fazeno-nos lembrar da importância de preservar a Terra para as gerações futuras.

UMA OLHADA DENTRO DAS LETRAS

G: Ilhas Turks e Caicos. As ilhas abrigam importantes áreas de biodiversidade, com esforços de conservação destinados a enfrentar os desafios ambientais contínuos, incluindo a proteção dos recursos naturais e dos recifes e a restauração de espécies ameaçadas de extinção, como a iguana rochosa das Ilhas Turks e Caicos. 
O: Parque Nacional Scorpion Reef, México. Também conhecido como Arrecife de Alacranes, este é o maior recife do sul do Golfo do México e reserva da biosfera da UNESCO. A área marinha protegida serve de refúgio para corais complexos e várias espécies ameaçadas de aves e tartarugas. 
O: Parque Nacional Vatnajökull, Islândia. Estabelecido como parque nacional em 2008, após décadas de defesa, este Patrimônio Mundial da UNESCO protege o ecossistema dentro e ao redor da maior geleira da Europa. A mistura de vulcões e gelo glacial produz paisagens e flora raras. 
G: Parque Nacional do Jaú, Brasil. É uma das maiores reservas florestais da América do Sul e Patrimônio Mundial da UNESCO. Localizado no coração da floresta amazônica, abriga uma grande variedade de espécies, incluindo o gato-maracajá, a onça-pintada, a ariranha e o peixe-boi amazônico.
L: Grande Muralha Verde, Nigéria. Iniciada em 2007, esta iniciativa liderada pela União Africana está a restaurar terras afectadas pela desertificação em toda a extensão de África, plantando árvores e outra vegetação, ao mesmo tempo que implementa práticas sustentáveis ​​de gestão de terras. Isto também proporciona às pessoas e comunidades da região maiores oportunidades económicas, segurança alimentar e resiliência climática. 
E: Reservas Naturais das Ilhas Pilbara, Austrália. Localizada perto de uma das Reservas Naturais da Ilha de Pilbara, uma das 20 reservas naturais da Austrália que ajudam a proteger ecossistemas frágeis, habitats naturais cada vez mais raros e uma série de espécies ameaçadas ou em perigo de extinção, incluindo múltiplas espécies de tartarugas marinhas, aves limícolas e aves marinhas. 
Imagens de cortesia da Airbus, CNES/Airbus, Copernicus, Maxar Technology e USGS/NASA Landsat

Aldeia Potemkin

Putler está a pagar um alto preço pela aldeia Potemkin que construiu em torno dele.
Todos em sua volta (seus generais, principalmente) tinham tanto medo de suas reações, que somente lhe ofereceram uma "verdade melhorada" em favor da Rússia.
E, com base nessas falsas suposições, Putler estabeleceu sua estratégia. Na qual, ele tinha apenas um plano: uma guerra relâmpago para tomar a Ucrânia em questão de semanas.
Putler já se imaginava marchando em Kiev no dia 9 de maio de 2022, o Dia da Vitória na Rússia.
No final, vemos que o isolamento dos ditadores (em que ele imergiu) vem conduzindo Putler a um tipo de situação, que o levará inexoravelmente à queda.
Cedo ou tarde!
Syvain Saurel, in Quora (excerto).


Uma aldeia Potemkin é, em política e economia, qualquer construção, literal ou figurativa, cujo único objetivo é proporcionar uma fachada externa a um país que está a se dar mal, fazendo as pessoas acreditarem que o país está melhor, em desacordo com o mundo real.
O termo tem origem em relatos de uma falsa aldeia construída exclusivamente para impressionar a Imperatriz Catarina, a Grande por seu amante Gregório Alexandrovich Potemkin, durante a sua viagem à Crimeia em 1787. Embora os historiadores modernos afirmem que os relatos desta aldeia sejam exagerados, segundo o relato original Potemkin havia erguido assentamentos portáteis falsos ao longo das margens do rio Dnieper, a fim de impressionar a Imperatriz russa. Essas estruturas eram desmontadas assim que ela passasse, e remontadas mais adiante ao longo de sua rota, para que fossem vistas novamente como se fossem outras aldeias. (Wikipédia)

21 abril, 2024

Adoniran e Peteleco

O compositor paulista João Rubinato tinha o nome artístico de Adoniran Barbosa, que surgiu a partir do aproveitamento do nome Adoniran, do amigo Adoniran Alves, colega de boemia, e Barbosa, do cantor e compositor Luiz Barbosa, o pai do samba de breque. E, na rádio Record, o radioator Rubinato fazia sucesso interpretando o Charutinho, um personagem do programa "Histórias das Malocas, que Osvaldo Moles criou especialmente para ele.
Como Adoniran Barbosa, ele compôs "Trem das Onze", "Saudosa Maloca", "Tiro ao Álvaro", "Iracema", "Samba do Arnesto", "Bom dia, Tristeza" e outras canções de sucesso. E, como Charutinho, ele gravou algumas marchinhas despretensiosas, tais como "Deus te abençõe" (de Adoniran e Peteleco), "Onde vai, leão?" (de Peteleco), "No morro do piolho" (de Jacob de Brito, Carlos Silva e Peteleco) e "Olha a polícia" (de Arlindo Pinto e Peteleco).


Na vida real, ele gostava de levar aos locais que frequentava o seu cãozinho de estimação, o Peteleco, ao qual chegou a transferir a autoria de algumas de suas músicas.
Uma delas, porém, resultou em imbróglio. Foi o samba "Mãe, eu juro" ("Mãe, eu juro / pela luz que me alumia / se eu continuar com ele / não me chamo mais Maria."), de Peteleco (sic) em parceria com (Mario de Souza) Marques Filho, que era como Noite Ilustrada assinava suas músicas.
Noite convidou Adoniran para terminar o samba, que aceitou. Mas, ao registrar a canção, colocou o  nome de Peteleco. E os dois sambistas nunca mais se falaram.
https://youtu.be/m2K93abWsO4
https://youtu.be/Hy6Umc5dKXY
https://youtu.be/Cd0kCE-1fsw
https://youtu.be/orvbvQvstqE
https://youtu.be/qhm4DBJED0I
Na entrada do Bar Brahma, na esquina da Ipiranga com a São João, em São Paulo, há uma estátua de Adoniran Barbosa com outra de seu inseparável Peteleco.

https://gurgel-carlos.blogspot.com/2023/06/sao-paulo-segunda-parte.html

20 abril, 2024

Alunissagens

Pouse (e clique) o mouse em POUSOS.

P.S. Em 19 de janeiro de 2024, foi a vez do Japão realizar seu primeiro pouso na superfície lunar. A sonda Smart Lander for Investigating Moon (SLIM) chegou à Lua por volta das 12h20 (horário de Brasília), de acordo com a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão. O país espera que esta alunissagem revitalize o programa espacial japonês. Leia mais em: https://forbes.com.br/forbes-tech/2024/01/veja-o-que-o-japao-encontrou-uma-semana-apos-pousar-na-lua/

19 abril, 2024

Alucinação

Alluciazone
s.f. (der. del s.m. 'alluce', primo dito del piede) - attività fantasmatica degli alluci. Creature goffe e ipersensibili, da quando hanno perduto la loro antica funzione prensile e sono confinati nel buio delle scarpe, continuamente creano mutevoli visioni per farsi compagnia.
Alucinação
s.f. (der. do s.m. 'hálux', o dedão do pé) - atividade fantasmagórica dos dedos grandes. Criaturas desajeitadas e hipersensíveis, desde que perderam a antiga função preênsil e ficaram confinadas à escuridão dos sapatos, continuamente criando visões para fazer companhia.

http://www.tecalibri.info/S/SEBREGONDI_etimologiario.htm#p000

Dormir ou não com os pés descobertos?
Que cientista, por mais imerso em sua plenitude racionalista, cética, lógica, coerente, ponderada e sensata, dormiria com o pé fora da coberta sabendo que, por aí, anda um capeta-lambe-pé? A ilustração da figura desta postagem é de um manuscrito iraniano de 1921 em que descreve várias entidades sobrenaturais em aquarelas que lembram as da Idade Média. O livro tem 56 ilustrações de figuras que remontam histórias milenares de diabos que atormentam as pessoas, principalmente durante o sono. Uma delas (que deve ser a mais temida) é um felino humanoide com um par de chifres e uma serpente na cauda.
Aí, me vem aquela réstia de lógica: O que um capeta-lambe-pé (nome que inventei para este texto) faria além de lamber o pé? É só lamber o pé ou ele também leva a alma para o inferno? É só uma lambidinha e ele vai embora ou ele lambe a noite toda? O que ele ganharia com isso além de um gostinho de chulé na boca? Olha... Se ele visse o estado dos meus pés, ultimamente, pensaria umas duas vezes antes de pôr sua demoníaca língua ali.
Extraído de "Nomes Científicos", a página de Rafael Rigolon no Facebook

18 abril, 2024

MMMCMXCIX razões para usar os algarismos romanos

Em aula anterior demonstramos as XII razões para usar os algarismos romanos.

Para cifras elevadas, utiliza-se um travessão por cima da letra, que representa sua multiplicação por 1000. Assim, C corresponde ao valor 100 000 (100 x 1 000) e M corresponde ao valor 1 000 000 (1 000 x 1 000). Desta forma, o maior número que podemos escrever é 3 999 000, que em algarismos romanos corresponde a:

MMMCMXCIX
.

Vale lembrar que esse sistema não permite escrever números superiores a 3 999 que não terminem em 000.

Atenção, Blogger. Não conseguimos colocar os travessões em MMMCMXCIX no título da postagem. Nem copiando e colando.

17 abril, 2024

Por que existem 7 notas musicais?

O maestro Ricardo Sousa-Castro, autor do livro "Os pilares da Música", explica no vídeo abaixo por que, na cultura ocidental, são 7 notas musicais (e 12 na escala cromática). O fenômeno tem mais a ver com a Física do som e com as leis da Natureza do que com qualquer outra coisa.

15 abril, 2024

Um tipo de dor de cabeça (2)

Um dia Deus disse:
"Adão, eu quero que você faça algo."
"Sim, Senhor”, disse Adão. "O que quer que eu faça?"
"Vá até o vale."
Como Adão ainda não conhecia bem a topografia do mundo, perguntou: "O que é um vale?"
Deus explicou, e ele foi até lá.
Deus disse: "Agora atravesse o rio.".
"O que é rio?", perguntou Adão.
Deus explicou e continuou a guiá-lo: "Agora cruze a montanha."
Adão não sabia o que era uma montanha, então Deus explicou novamente.
Em seguida, Deus disse: "Do outro lado da montanha, você vai encontrar uma caverna."
"O que é uma caverna?"
Depois que Deus explicou, ele entrou na caverna e viu uma mulher. Era Eva.
Deus explicou a ele o que era uma mulher e ordenou: "Agora, Adão, eu quero que você reproduza".
"E como faço isso?"
Como explicar? Deus então recorreu a parábolas, explicando como os outros animais faziam.
Adão parecia ter finalmente entendido. Porém, passados alguns minutos, ele sai da caverna e pergunta:
"Deus... o que é dor de cabeça?"

TudoPorEmail 
Copidescado pelo controlador do blog EntreMentes, que já publicou outra versão.

14 abril, 2024

"Baby" Esther Jones (1918 - 1984)

Betty Boop foi pintada como branca, mas era uma mulher negra na vida real. Essa personagem do desenho animado foi inspirada em Esther Jones, uma cantora do Cotton Club conhecida pelo nome artístico de "Baby" Esther. Ela cantava canções como "I wanna be loved by you" (Boop-Boop-Bedoo) com voz de bebê, daí o seu; apelido.

Esther tentou mas nunca conseguiu o reconhecimento dos direitos autorais ao personagem Betty Boop que foi claramente baseado nela.

13 abril, 2024

Pensando na morte da bezerra

A expressão "pensar na morte da bezerra"significa: estar distante, pensativo, alheio a tudo.
A história mais aceitável para explicar a origem dessa expressão remonta anos antigos hebreus, que sacrificavam animais a Deus como forma de agradecimento ou de redenção dos pecados.
Conta-se que o filho caçula de um rei era muito afeiçoado a uma bezerra, e não queria que ela fosse sacrificada. Contrariando o desejo do filho, o rei mandou sacrificá-la, oferecendo-a a Jeová.
A partir daquele dia, o menino nunca mais deixou de pensar na morte da bezerra, mantendo-se tristonho por toda a vida. E há versões de que o ele faleceu ao contrair uma doença que foi agravada por seu estado de infelicidade.
Bom para o DBF (Dicionário Brasileiro de Frases).

12 abril, 2024

O pequeno buraco negro: uma fábula cósmica

Quando os buracos negros emergiram pela primeira vez da matemática da relatividade, o próprio Einstein duvidou se eles poderiam ou não ser reais – ele lutou para imaginar que a natureza pudesse produzir uma coisa tão ameaçadora, que o espaço-tempo pudesse se curvar a um extremo tão monstruoso. E... então levamos apenas um século para ouvir com nossa imensa orelha protética o som de dois buracos negros colidindo para produzir uma onda gravitacional, então para ver com nosso olho telescópico um buraco negro real na selva cósmica. Aqui surge a prova viva da insistência de Richard Feynman de que "a imaginação da natureza é muito, muito maior do que a imaginação do homem".
Com seu drama cósmico e sua ciência deslumbrante no limite do possível, os buracos negros atraem a imaginação humana com inúmeras metáforas para nossas perplexidades existenciais. Um deles ganha vida em Little Black Hole, de Molly Webster e do ilustador Alex Willmore — uma meditação incomum sobre como viver com a austera solidão existencial de saber que tudo e todos que amamos podem ser tirados de nós e está finalmente destinado ao esquecimento, como viver com a perda iminente que é o preço de estar totalmente vivo.
O conceito central da história baseia-se no paradoxo da informação do buraco negro de Stephen Hawking - a insinuação combinada da relatividade e da teoria quântica de campos que, embora nem mesmo a luz possa escapar de um buraco negro, pedaços de informação podem transcender sua imensa atração gravitacional e se libertar no forma do que é conhecido como radiação Hawking.
Era uma vez um pequeno buraco negro que amava tudo no universo.
As estrelas. Os planetas. As rochas espaciais e a raposa espacial. Até os astronautas voadores.
O pequeno buraco negro amava seus amigos.
Um dia, o pequeno buraco negro fez amizade com uma estrela, mas no momento em que eles estão se divertindo em construir um castelo cósmico juntos, a estrela desaparece e sua luz desaparece.
Em seguida, um cometa passa, mas assim que o pequeno buraco negro fica desejoso de uma nova amizade, o cometa se desfaz em poeira cósmica e desaparece.
Então eles vêm e vão, os planetas e os asteroides, a raposa e os astronautas, cada novo amigo é levado assim que se aproxima, deixando o pequeno buraco negro perplexo e desolado.
Confuso e desconsolado, o pequeno buraco negro se depara com um grande buraco negro repleto da sabedoria de um ancião, que ilumina o fato fundamental de que ser um buraco negro significa engolir e aniquilar tudo e qualquer um que se aproxime.

E, no entanto, pedaços de informação podem escapar do ventre do buraco negro, borbulhando de volta como restos do que foi consumido. Do legado de Hawking surge a metáfora central da história sobre como viver com a perda das pessoas que mais amamos: sempre podemos trazê-las de volta à superfície de nossa consciência com as alavancas gêmeas da memória e da imaginação. 

11 abril, 2024

Reflexões estudantis: o inventor do garfo foi queimado pela inquisição?

Por André Gurgel

Durante uma aula, numa instituição e com um professor de cujos nomes não me quero lembrar, tomei conhecimento de que, durante a Idade Média, o criador do garfo teria sido queimado em praça pública pelo motivo óbvio de criar um instrumento, bastante útil diga-se de passagem, que se assemelhava ao tridente utilizado pelo diabo. Ou seja, um garfo!
A informação foi transmitida numa aula que nem sequer era relacionada a História em si, mas o professor de barba avantajada (por que será?) achou que seria de bom feitio que os alunos soubessem deste fato histórico. Afinal, contra fatos não há argumentos (contra facta argumenta non sunt em latim).
Assim que ouvi tal "fato", já me acendeu o que chamo de "desconfiômetro", meu ceticismo natural entrou em ação. Ninguém questionou na aula, pois os alunos, como de praxe, estavam mais interessados na matéria que iria cair na prova e tacitamente concordaram, mas eu fui conversar com o professor para saber onde estava a fonte que comprova a informação mencionada. Ele disse que não se lembrava, que havia lido num livro de um historiador de nome estrangeiro, mas que não saberia dizer o título naquele momento.
Meu raciocínio foi o seguinte: se queimaram o inventor do garfo, como a igreja permitia então o uso do tridente? O tridente é um instrumento comum em diversas culturas, sendo primordialmente utilizado na pesca, e um símbolo frequente na mitologia, sendo a arma de Poseidon e Shiva. Também era adaptado para a guerra e, nos combates de gladiadores, havia os retiarii, que se armavam de uma rede e tridente, então como o instrumento não foi banido e não tivemos registros de fogueiras coletivas para pescadores?
Naquele dia pesquisei bastante e não achei nenhuma referencia à morte deste herege e mártir da gastronomia. Descobri que o instrumento era utilizado desde a Antiguidade em várias culturas e não sabemos quem foi a pessoa que primeiro idealizou um garfo.
Esta história mostra um pouco como funciona um sistema de ensino em que os alunos mais se preocupam com notas e em "passar de ano" do que em fatos históricos. Isto contribui para que professores falem o que quiserem, pois sabem que não serão questionados.

10 abril, 2024

Imagine

Que a Tesla comece a desenvolver seus carros na forma do Torso de seu CEO:


Ceos! Torço para que não aconteça. (PGCS)

Fórum

Todos deveriam ter o direito de falar merda sobre todos. (Princípio de Musk)

Em vez da mandíbula dos Habsburgos, trata-se do esterno de Musk. Espero que seu pequeno exército de descendentes esteja bem.

Ele parece um desenho de Rob Liefeld.

AGH - Alien Growth Hormone.

Vejam quanta luz é refletida por sua pele humanoide pálida!

Eu pilotaria um robô gigante em forma de Elon. Mas o formato da máquina que eu pilotaria é pouco preocupante em comparação com o grau de refrigeração aceitável.

Todos aqueles submissos subindo pela bunda dele têm que acabar em algum lugar.

09 abril, 2024

Ponto de interrogação cósmico

Uma imagem que foi recentemente capturada pelo telescópio James Web Space:

A 1470 anos-luz de distância da Terra, este ponto de interrogação cósmico parece se tratar de um par de galáxias em interação (fusão)

08 abril, 2024

O espaço não é tão remoto

Fred Hoyle é o astrônomo britânico que formulou a teoria da nucleossíntese estelar.

Pinga ni mim

Sonhei que estava num bar pedindo uma pinga.
O garçom perguntou:
- Pura?
Eu disse:
- Espreme um limão.
Aí o telefone tocou. Acordei-me.
Se eu tivesse tomado pura tinha dado tempo...

07 abril, 2024

Arquivo Z

Z de Ziraldo, cartunista,  jornalista, escritor e artista gráfico brasileiro.
Ziraldo Alves Pinto nasceu em Caratinga, Minas Gerais, no dia 24 de outubro de 1932. Seu nome de batismo vem da combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha, e de seu pai, Geraldo. Desde criança já mostrava talento para o desenho. Com seis anos, ele teve um de seus desenhos publicado no jornal "Folha de Minas".
Criador de A Turma do Pererê, que foi publicada primeiramente em cartuns em 1959, nas páginas da revista "O Cruzeiro". Depois, sob o nome de "Pererê", passou a ser publicada mensalmente a partir de outubro de 1960 até abril de 1964. "Pererê", que foi a primeira revista brasileira de histórias em quadrinhos totalmente colorida, conquistou rápido sucesso no Brasil. O que permitiu que fossem publicadas 43 edições em sua primeira série, com tiragens de 120 mil exemplares em média.
Em 1969, Ziraldo aceitou a proposta de fazer um livro infantil ilustrado em três dias. E criou Flicts - em apenas dois dias, a história de uma cor "diferente" (bege), que não conseguia se encaixar no arco-íris, nas bandeiras e em lugar nenhum. Até ser revelado que a Lua é flicts, pois bege é a cor da superfície lunar.
Em 1975, as histórias em quadrinhos com os personagens da Mata do Fundão voltaram a ser publicados, com o título de "A Turma do Pererê", pela Editora Abril. No entanto, esta segunda série foi cancelada em 1976, com apenas 10 edições. Desde então os quadrinhos do Pererê passaram a ser apenas republicados em almanaques nos anos seguintes, com poucas histórias ainda inéditas. Até que, em 1980, Ziraldo passou a dedicar-se às histórias do Menino Maluquinho.
Ziraldo Pinto foi também um dos fundadores do hebdomadário O Pasquim, (1969), um porta-voz da contracultura e da indignação intelectual com o regime militar, e do semanário Bundas (1999), uma sátira ao mundo das celebridades exposto em "Caras" ("Quem mostrou a bunda em Caras, não mostrará a cara em Bundas", segundo ele).


06/04/2024 - Dia triste para todos os meninos maluquinhos de Caratinga-MG e do Brasil. Aos 91 anos, foi-se Ziraldo, o Bom.

06 abril, 2024

Todo Mundo Odeia o Chris

Vincent Martella(foto)
O Greg de "Everybody Hates Chris" (Todo Mundo Odeia o Chris" no Brasil e "Todos Contra o Chris" em Portugal), acaba de ultrapassar Tyler James Williams no Instagram, ganhando mais de 2 milhões de seguidores em apenas 2 dias.
A campanha foi criada por fãs brasileiros com a intenção de retribuir o carinho do ator com o Brasil, ao contrário de Tyler, que não é de estar tão na nossa.
Então, todo mundo ama o Greg? 
Ou, ainda, é ranço do Chris? É que "o carinha que mora logo ali" já se irritou com os brasileiros. De tanto receber em suas redes sociais mensagens dos internautas brasileiros. Foram centenas de recados, memes, piadas e brincadeiras!
(Se nós brasileiros, nos juntassemos para resolver nossos problemas, como fazemos nos engajamentos online, o Brasil seria uma grande potência.)
A série
"Todo mundo odeia o Chris" (2005-2009) é uma fonte quase inesgotável de momentos hilários. Cada personagem tem a sua graça, o seu estilo próprio. Essa mistura de personalidades e humores fez da família Rock uma das mais queridas da televisão.
Bordões
"Tire esse relógio da tomada, garoto. Você não vê as horas enquanto dorme." (Julius)
"Eu não preciso disso, meu marido tem dois empregos." (Rochelle)
"Cara, ela está tão na sua!" (Greg)
"Sacomé, né." (Chris)
"O carinha que mora logo ali..." (Jeromy)
"Trágico, trágico." (Omar)
E o mais icônico deles: "Da próxima vez que quiser me fazer um favor, me faz um favor: não faz."